20 julho 2016

6 Melhores Livros de Charles Bukowski

Charles Bukowski, também conhecido como o "velho safado", foi um escritor alemão que divide muito a opinião das pessoas sobre sua obra composta por contos, poemas e romances.

Bukowski possui uma linguagem bem coloquial em seus trabalhos, e quase sempre tratando de assuntos que podem de certa forma ferir os sentimentos dos mais sensíveis quando o assunto se torna obsceno demais, já que suas obras estão repletas de palavrões, bebidas alcoólicas e sexo.
Não sou um grande conhecedor de sua obra, dessa lista li apenas dois livros: "Mulheres" e "Misto Quente, e "Crônicas de um amor louco" que não se encontra na lista, e recomendo sim todos os três, porém creio que os temas tratados por Bukowski e sua linguagem pode acabar criando um dicotomia entre seus leitores: os que amam e os que odeiam.

Vamos a lista:


6º Lugar - Pulp
Sinopse: Eis um Bukowski puro-sangue. Legítimo. Concluído alguns meses antes de sua morte, em março de 1994, aos 73 anos.
Não há como sair incólume desta história. A saga de Nick Belane poderia até ser igual a de tantos outros detetives de se gunda categoria que perambulam pelas largas ruas de Los Angeles. Mas aqui, mulheres inacreditáveis cruzam pernas compridas e falam aos sussurros, principalmente uma que atende pelo nome de Dona Morte. Como nos velhos livros policiais de papel vagabundo, subliteratura pura, a quem Charles Bukowski dedica solenemente Pulp.
Ele desafia sua história com habilidade de mestre. Um Rabelais percorrendo o mundo noir? A divina sujeira? A maravilhosa sordidez? Um acerto de contas com a arte? Uma homenagem? Uma reflexão sobre o fim da vida? E tomara que a morte estivesse linda, gostosa e sexy – como está nesta história – quando encontrou o velho Buk poucos meses depois de ter posto o ponto final nesta pequena obra-prima.   




5º Lugar - Hollywood
Sinopse: Hollywood foi escrito a partir da experiência de Bukowski ao fazer o argumento para o filme Barfly (direção de Barbet Schroeder, com Mickey Rourke e Faye Dunaway), onde ele narra a história de um escritor que ganha um bom dinheiro para escrever um roteiro para o cinema. Alguns de seus diálogos são memoráveis e a violência de sua linguagem geralmente oculta uma indisfarçável ternura pelos perdedores e excluídos.



 4º Lugar - Factótum
Sinopse: Em Factótum, segundo romance de Charles Bukowski, publicado em 1975, encontramos mais uma vez Henry Chinaski, alter ego do autor, protagonista de vários dos seus livros e um dos mais célebres anti-heróis da literatura americana. Durante a Segunda Guerra Mundial, o loser Henry (que reaparece mais tarde em Misto-quente) é considerado "inapto para o serviço militar" e não consegue entrar para o exército. Assim, enquanto os Estados Unidos se unem em torno da guerra e os homens alistados são vistos como heróis, Chinaski, sem emprego, sem profissão nem perspectiva, cruza o país, arranjando bicos e trampos, fazendo de tudo um pouco – daí o nome do livro –, na tentativa de subsistir com empregos que não se interponham entre ele e seu grande amor: escrever.
Em meio a tragos, perambulações por ruas marginais, tentativas de ser publicado, vivendo da mão para a boca, o autor iniciante Henry Chinaski come o pão que o diabo amassou. Tais trechos, que tratam do escritor em formação, estão entre os mais pungentes e interessantes do livro. Na sua versão do artista quando jovem, Bukowski vê tudo através da lente da desmistificação – desmistifica a imagem do artista romântico e o milagre americano – e faz desse olhar cínico a sua profissão de fé.


3º Lugar - Mulheres
Sinopse: Henry Chinaski é um escritor cinquentão e alcoólico, a quem as mulheres não dão descanso. Irónico, “Mulheres” narra episódios da vida deste “alter-ego” de Bukowski.
Cada mulher é diferente. Umas loiras, outras morenas, outras ruivas. Umas mais sedutoras e provocantes, outras mais ingénuas e discretas. Há muitas, tantas – a reserva parece não ter fim, nenhum homem consegue esgotar o lote. Quase todas bonitas, quase todas terríveis. Henry Chinaski gosta que elas existam.
“Mulheres”, publicado em 1978, descreve a vida deste “alcoólico que se tornou escritor para poder ficar na cama até ao meio-dia”: as bebedeiras, as ressacas permanentes, os vómitos, as corridas de cavalo, as leituras nas universidades, as festas, as cartas de admiradoras, as esperas no aeroporto, os encontros sexuais, os dias seguintes, as rupturas, as reconciliações. Mais cerveja, mais sexo, mais mulheres.


2º Lugar - Cartas na Rua
Sinopse: Cartas na Rua é o primeiro livro a apresentar Henry Chinaski, alter ego de Bukowski e protagonista de cinco dos seus seis romances. Autobiográfico, trata do período em que o escritor trabalhou nos correios e de como o sistema massacrou sua vida, moral e saúde. Com um humor sarcástico, soube pegar algo desinteressante (o trabalho de carregar e separar correspondência) e utilizar isso como uma forma de identificação com todo e qualquer leitor que já tenha tido um trabalho do qual não gostava.
Extremamente original, já carregava a marca do estilo de Bukowski: texto conciso, objetivo e muito simples, repleto de diálogos e dividido em vários capítulos curtos. Conforme expresso pelo autor: ” Eu me preocupava com o ritmo”. Essa forma o consagrou como escritor e revela uma forte influência de Fante e Hemingway. Sem dúvida, é uma de suas obras mais importantes.


1º Lugar - Misto Quente
Sinopse: O que pode ser pior do que crescer nos Estados Unidos da recessão pós-1929? Ser pobre, de origem alemã, ter muitas espinhas, um pai autoritário beirando a psicopatia, uma mãe passiva e ignorante, nenhuma namorada e, pela frente, apenas a perspectiva de servir de mão-de-obra barata em um mundo cada vez menos propício às pessoas sensíveis e problemáticas. Esta é a história de Henry Chinaski, o protagonista deste romance que é sem dúvida uma das obras mais comoventes e mais lidas de Charles Bukowski (1920-1994).
Verdadeiro romance de formação com toques autobiográficos, Misto-quente (publicado originalmente em 1982) cativa o leitor pela sinceridade e aparente simplicidade com que a história é contada. Estão presentes a ânsia pela dignidade, a busca vã pela verdade e pela liberdade, trabalhadas de tal forma que fazem deste livro um dos melhores romances norte-americanos da segunda metade do século 20. Apesar de ser o quarto romance dos seis que o autor escreveu e de ter sido lançado quando ele já contava mais de sessenta anos, Misto-quente ilumina toda a obra de Bukowski. Pode-se dizer: quem não leu Misto-quente, não leu Bukowski.
 

*Classificação realizada por de votação de sites do meio literário

Um comentário:

  1. Estou atualmente lendo Factótum, realmente é uma leitura que te prende, e ele sempre deixa uma dúvida, uma pergunta no ar, que te faz ler mais e mais.

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